segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rica Anilina

A cor vermelha do Pau Brasil
Estava eu ontem assistindo o documentário "Story of Science" da BBC, que me foi indicado pelo Clewton, professor de física que trabalha comigo (valeu, os episódios são ótimos!), quando em uma das cenas o apresentador fez todo um teatro para contar a história da descoberta da síntese artificial do corante malva (um lilás meio roxo) pelo químico Perkin. Pronto, fiquei fascinado, a história é demais! Essa cor era sinônimo de riqueza na época e era extraída das raízes de uma planta; quando ele conseguiu fabricá-la em laboratório criou uma grande indústria de corantes e ficou muito rico. Para fazer a malva sintética ele usava anilina, e por esse motivo o nome dessa substância passou a ser tão famoso que virou sinônimo de corante. O que o post nos mostra é a história da brazilina, o corante vermelho que era extraído do Pau-Brasil e ia tingir roupas da realeza europeia. Durante anos, possuir roupas tingidas só era possível pelos muito ricos, já que conseguir os corantes naturais era tarefa pra poucos. A produção em larga escala de corantes sintéticos foi um marco na indústria, e há quem diga que o Perkin pode ser chamado de pai da química industrial, já que o pai da química é o Lavoisier. Os corantes tem um papel importantíssimo na nossa história, por causa deles muito dinheiro foi gasto, muitas vidas foram perdidas, muitas mulheres morreram de inveja daquele vestido malva, muitas árvores foram cortadas, muita gente enriqueceu e o mundo ficou mais colorido e brega.

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