sexta-feira, 3 de junho de 2011

Autismo

"Embrulhando" crianças autistas: um escândalo francês
Já teve uma época na qual a terapia de choque era como tomar aspirina, a todos que tinham um problema psiquiátrico era indicada essa terapia, minha mãe conta que meu avô passou por várias sessões, não deve ter sido fácil. Um pouco mais distante, a prática da trepanação, a de se retirar um pedaço de um dos ossos do crânio, ou ainda a lobotomia, na qual se danifica o córtex frontal, eram também práticas cotidianas. O tempo foi passando e os médicos e terapeutas foram se aprimorando. Aí, quando você acha que estamos num bom caminho vem essa "terapia" para crianças autistas que se resume a impedir que a criança se movimente, o que pode ser chamado, ao invés de terapia, de "tentativa desesperada de fazer a criança parar". Pode até ser que dê resultado, afinal a criança não pode mais se mexer (lembrei na hora daquela jaqueta branca com mangas compridas amarradas nas costas que usavam para conter os acessos de pacientes do hospício). O problema é chamar isso de terapia e ainda dar argumentos "lindos" do tipo: "isso faz um bem danado para a criança". Ainda cabe muita discussão no meio dessa conversa, mas crianças autistas devem ser tratadas com respeito, como todos os cidadãos. Aqui você encontra um link para a Associação de amigos do autista, na qual encontrará algumas informações interessantes. Eu convivo há um tempo com um adolescente autista e sei que eles podem muito (evidentemente levando em conta todas as limitações), se estiverem submetidos a carinho, dedicação, terapia e convívio. Devemos analisar bem uma terapia antes de colocá-la em prática, para não proclamarmos o nome da Ciência em vão e acabarmos dando muitos passos para trás.

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