sábado, 18 de agosto de 2012

Bem-vindo

Pode ser que hoje seja a primeira vez que você está entrando no Aopedavida, seja muito bem-vindo. Nessa semana fui convidado pela jornalista Juliana Duarte, da rádio CBN, a dar uma pequena entrevista para contar sobre o blog. Ela será daqui a pouco, estou aqui nos minutos que antecedem a mesma, com um certo nervoso mas, ao mesmo tempo, achando tudo muito divertido. Quando eu criei o blog o intuito era esse mesmo, de que várias pessoas pudessem conhecê-lo e saber um pouco mais da Ciência, essa maravilhosa ferramenta da humanidade que faz com que consigamos entender um pouco mais dessa doidera que reside a nossa volta, e dentro da gente também, e em lugares que nem as pessoas mais imaginativas conseguem imaginar. Para ilustrar o que de bom você pode encontrar no Aopedavida segue um trecho de um livro do Carl Sagan, Sombras dos Antepassados Esquecidos, que mostra um pouquinho de como o que nos cerca pode ser fantástico, sem precisarmos nos desligar do que já existe de fato:



"A escuridão imensa e arrebatadora é quebrada aqui e ali por um débil ponto luminoso que, observado de mais perto, se revela um poderoso sol incandescente num incêndio termonuclear e aquece um pequeno volume do espaço à sua volta. O universo resume-se quase só a um vazio negro e, contudo, o número de sóis existentes é espantoso. As regiões na vizinhança imediata desses sóis representam uma fração mínima da vastidão do cosmos, mas muitas - talvez a maioria dessas alegres, brilhantes e clementes regiões circum-estelares - são, provavelmente, ocupadas por mundos. Só na galáxia da Via Láctea deve haver 100 mil milhões de mundos, nem demasiado próximos, nem demasiado distantes do sol local, à volta do qual orbitam em silenciosa homenagem gravitacional.
Esta é a história de um desses mundos, talvez não muito diferente dos outros; é sobretudo a história dos seres que nele evoluíram e, de entre esses, de uma espécie em particular.   Para estar vivo milhões de anos após a origem da vida, um ser tem de ser resistente, engenhoso e afortunado, a fim de escapar aos muitos perigos que surgem pelo caminho. As formas de vida podem, por exemplo, vingar por serem pacientes ou vorazes, solitárias e camufladas ou pródigas em descendentes, predadoras temíveis ou capazes de fugir para um lugar seguro, nadadoras ou escavadoras de tocas ágeis, desembaraçadas na libertação de líquidos nocivos e desorientadores ou mestras na arte de se infiltrarem no próprio material genético de outros seres, ou então por se encontrarem, casualmente, num local distante quando os predadores atacam, o rio fica envenenado ou os recursos alimentares escasseiam. Os seres em que estamos especialmente interessados eram, até há não muito tempo, extremamente gregários, barulhentos, belicosos, arborícolas, autoritários, sensuais e espertos, utilizavam ferramentas, tinham uma infância prolongada e mostravam afeto pelos filhos. Uma coisa levou à outra e, num abrir e fechar de olhos, os seus descendentes multiplicaram-se por todo o planeta, dizimaram os rivais, inventaram tecnologias que transformariam o mundo e representariam um perigo mortal para si próprios e para muitos dos seres com quem partilhavam a sua pequena casa. Simultaneamente, começaram a visitar os planetas e as estrelas."

 Aproveite todo o material disponível no blog, é só você fazer a procura ai na barra a direita. Se achar algum link rompido, ou quiser falar um pouco do que você pensa, pode usar o espaço dos comentários com toda liberdade. Voltarei a escrever com frequência no blog, mas meus colaboradores, o Gustavo, o Rodrigo e o Vitor estão fazendo a minha alegria mantendo o blog com postagens frequentes. A minha ideia é que o Aopedavida continue vivo mesmo depois da minha morte. Seria maravilhoso, um pouco de mim ainda ficaria vivo na internet, tudo que escrevi aqui faz parte ou já fez parte de mim. O máximo de escrever é deixar um pouco da sua essência registrada em ideias, e as ideias duram muito mais do que seu corpo físico. Divulgue suas ideias para o mundo! E acesse o Aopedavida! Obrigado.

Um comentário:

Vinícius Camargo Penteado disse...

Não, não vou morrer cedo. Mas o que é vivo inevitavelmente morre. Que seja muito no futuro. Tenho muito o que escrever ainda