Proteínas Esquizofrênicas

O que se passa nos cérebros esquizofrênicos
Esse artigo foi escrito por outro de meus amigos biólogos da Unicamp, o Daniel Martins (quer dizer que você tá cercado de gente boa, que além de serem bons profissionais, ainda indicam postagens pro Aopedavida? É isso aí, sou um sortudo). Ele desenvolve, já há alguns anos, um estudo que busca identificar proteínas que se expressam em quantidades claramente diferenciadas em pacientes com esquizofrenia (doença da qual nas já falamos aqui, que rendeu esse meu post do qual tanto gosto). Segundo o post ai em cima, eles estão muito próximos de elaborar um teste que possa ser usado em pacientes com suspeita da doença, que apresentará 85% de eficácia, o que já é uma porcentagem enorme. Associado então com o exame psiquiátrico seria então um passo enorme para se desenvolver medicamentos mais específicos contra a doença, que parece afetar o metabolismo mitocondrial (o que desencadeia sérios problemas, já que a mitocôndria libera energia para a célula, quer mais importante que isso?) e o funcionamento de oligodendrócitos, células amigonas dos neurônios que permitem que eles funcionem corretamente. Aqui tem um texto em português, de 2009, que pode te ajudar a entender melhor todo o processo (mas acho que o inglês ali em cima está melhor e mais conciso). Pesquisas como essa são realmente demoradas, pois os pesquisadores ficam buscando agulhas em palheiros gigantes e, quando acham uma, ainda tem que analisar se ela tem mesmo alguma relação ou não com o problema, mas em Ciência é assim mesmo, só com trabalho árduo, repetitivo, cansativo e demorado é que se alcança o nirvana e, quando ele chega, compensa e muito toda a saga. Valeu Java!

Esse é um gel típico dos estudos. Bonito!