As setas indicam a semente (esq) e as plantinhas germinando (dir) |
Quando os frutos da erva aparecem eles atraem mutias aves, elas então comem do fruto a parte carnosa que envolve a semente e se livram dela, ou regurgitando ou rapidamente pela cloaquinha, das duas maneiras a semente está envolta por uma substância bastante viscosa que se adere aos galhos ou folhas das plantas (você pode ver o vídeo dos passarinhos esfregando seus traseiros para se livrar da semente aqui, que também mostra uma espécie de erva da Austrália bem legal) e, em questão de horas, a semente germina e já invade a coitada da planta hospedeira. Mas o mundo dá voltas, e a erva também pode ser parasitada, existe um besouro que invade seus galhos e rouba dela sua seiva elaborada (apesar de ser parasita essa planta também é autótrofa, isso significa que ela é capaz de sintetizar todas as moléculas orgânicas de que necessita para viver, como açúcares, por exemplo). Quer dizer que o feitiço vira sobre o feiticeiro e quer dizer também que um bom número de espécies tem sua vida atrelada a erva, se não fosse ela a biodiversidade do local diminuiria muito. Aqui você encontra o trabalho que usei como referência, feito por pesquisadores da Unicamp. E é aquela velha história, na natureza não existe o bonzinho (árvore) e o bandido (erva de passarinho), todos estão ali porque encontraram boas condições e oportunidade, no final todos nós somos uns bons de uns oportunistas: a árvore, a erva, o pássaro, o besouro, eu e você.
2 comentários:
fantástico o vídeo.
Brigado Laura
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Abraço
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