Código genético animal redesenhado
Hoje foi um daqueles dias em que eu encontrei muita coisa boa e terei que mandar vários links de uma vez só. Nós já falamos de biologia sintética aqui, e esse post de hoje traz mais uma maravilha conseguida. Nosso DNA se comunica com a célula através de um código, cada 3 de seus nucleotídeos (que são as moléculas base do DNA) formam um códon, que diz para a maquinaria celular qual dos aminoácidos deve ser requisitado para se sintetizar uma proteína (você pode ver uma apresentação hippie aqui), essa então vai desenvolver uma função específica na célula. A biologia sintética tenta interferir nesses processos criando novas possibilidades, e foi isso que essa equipe de cientistas fez, eles alteraram os códons, fazendo com que 4 nucleotídeos, no lugar de 3, desempenhassem a função de traduzir um aminoácido, e com isso eles puderam fabricar um novo aminoácido que se adequasse ao experimento (você pode ler um pouco mais sobre essa técnica aqui). Eles aplicaram o experimento em um C. elegans, um verme usado como modelo, e obtiveram êxito, suas células produziram uma proteína que não existe no mundo natural, o fantástico disso é poder criar uma proteína com um fim específico, e que possa ser controlada externamente, todas essas tentativas são formas de dominar a técnica e, futuramente, tentar aplicá-las em terapias para tratar humanos (que é o objetivo de 10 entre 10 cientistas). Muito legal!
Drew Berry e as animações do invisível
Gostou do primeiro post? Então você não pode perder esse aqui, já falei aqui de como a célula é algo dinâmico, de que todas as moléculas trabalham a todo tempo e a todo vapor para que tudo funcione. O que esse cientista fez foi tentar representar os processos celulares da maneira mais fiel possível, utilizando computação gráfica. No meio da palestra (que tem legendas em português) ele mostra um vídeo de 2002 que trata da síntese de DNA, que já é demais, realmente fascinante. Mas quando você pensa que não dá pra ficar melhor ele mostra o vídeo mais recente, no qual ele destrincha um pouco da mitose (aquele processo no qual a célula se divide em duas) e termina o vídeo mostrando um pouco da sinalização enviado pelos centrômeros que diz para as fibras do fuso que é a hora delas se contraírem para que as cromátides irmãs se separem. Falando assim parece sem graça, né? Pois é muito divertido ver as moléculas parecendo insetinhos correndo pelos microtúbulos, é mais fantasioso que muita história de ficção, mas o mais doido é que é tudo real e está acontecendo aí no seu corpo em milhares (ou milhões) das suas células. Imperdível
Nenhum comentário:
Postar um comentário