sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Metilações

Epigenética oferece novas pistas para doenças mentais
Nesse link principal você vai encontrar só uma pequena amostra da matéria, o que eu quero mesmo que você veja são essas duas pequenas explicações aqui e aqui, que já dizem exatamente a que vieram e mostram um pouco de como funciona a epigenética, numa tradução bem pobrezinha: aquilo que fica em cima dos genes. Nossos genes interagem com proteínas chamadas histonas, e também interagem com outras pequenas moléculas como radicais metil, por exemplo. O importante disso é que esses radicais podem se ligar e se desligar dos genes, e isso interfere no poder de ação gênica, fazendo com que um gene se expresse mais ou menos. Um dos diagramas mostra claramente um caso padrão de epigenética, e o outro mostra um caso específico, se as mães de camundongos os tratam com carinho e zelo, o número de metilações nos genes da cria diminuem e eles também serão pais zelosos. Já se a mãe é desnaturada, o número de metilações nos genes dos filhotes aumenta e eles apresentam um comportamento igualmente desnaturado quando adultos. Achei o estudo demais, mostra que o comportamento pode influenciar definitivamente a ação gênica, não influenciando no tipo de gene do genótipo, mas sim se ele será expresso ou não. Em outras palavras, o meio no qual você vive pode interferir na sua "genética" de maneira decisiva. Nesse ano o ENEM cobrou um pouco do assunto, eu já tinha falado um pouco sobre ele aqui, mas com os diagramas de hoje ninguém mais pode falar que não sabia.

2 comentários:

Gustavo Lepore disse...

Eu andei lendo sobre epigenética, os estudos mostraram que o estresse pode influenciar nos genes, agregando o radical metil às moléculas de DNA pelo excesso de cortisona, explicando a causa de alguns tipos de tumores. Muito doido.

Abraço!

Vinícius Camargo Penteado disse...

Nem fale Gustavo, esse é um caminho que vai dar muito o que falar