A manipulação das células com o intuito de descobrirmos como tudo funciona é algo realizado já faz anos, minha mulher e vários amigos meus já trabalharam com essa frente de pesquisa e vários seres vivos são utilizados nesses experimentos: tem fungo, mosca, rato, galinha, anfioxo, planta, bactéria e tem o Xenopus, que é uma rã. O que esse grupo de cientistas conseguiu fazer foi produzir um olho num local da cabeça no qual ele não deveria ter se desenvolvido. Legal né? Mas isso já tinha sido feito antes, com outra técnica e em outro bicho, a Drosófila, a mosquinha de fruta, eles foram capazes de manipular seus genes e fazer crescer um pé na cabeça, por exemplo (história com pé na cabeça). O diferente agora é que eles fizeram isso alterando a polaridade de determinadas células, a diferença de potencial elétrico da membrana foi alterada pois eles injetaram um tipo de RNAm capaz de fazer com que novos canais de membrana fossem construídos. São essas alterações nas cargas elétricas de dentro e de fora das células que elas usam para se comunicarem e liberarem neurotransmissores. Eles foram capazes de fazer com que a célula tivesse o sinal ideal para que a construção de um olho fosse realizada, mas em um local diferente do usual. Enfim, leia o texto e saiba que esse foi um outro passo importante na pesquisa do desenvolvimento de órgãos e pode nos trazer benefícios enorme num médio espaço de tempo. O trabalho foi publicado na revista Development e ai embaixo está a foto de uma de suas capas, que foi tirada pela Hozana Castillo, já uma colaboradora do blog. Brigado Hoza. Quem me indicou essa reportagem foi meu ex-aluno Hudson Boschiero, brigado Hudson.
Resumindo: uma técnica de marcação neuronal num embriãozinho |
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