Tenho o orgulho de iniciar uma série de posts que contarão um pouco do que meus amigos estão desenvolvendo mundo afora. E pra começar um pouco do trabalho da minha amiga Flávia Vischi Winck, que inclusive foi a idealizadora da proposta. Atualmente ela está trabalhando na Colômbia e possui suas conexões com o Instituto Max Planck, na Alemanha, e com a Unicamp aqui no Brasil. Ela estudou comigo, também é bióloga e me escreveu dizendo que seria bem legal se pudéssemos ver um pouco do que nossos colegas estavam fazendo aqui pelo Aopedavida. Na hora achei a ideia muito legal (o Gustavo Zaparoli, outro biólogo que já foi citado aqui no blog, já embarcou também nessa aventura há um tempo, você pode ver o resultado aqui) e pedi para que ela fosse a primeira a contar um pouco do seu trabalho. E o resultado divulgo agora, tentarei fazer isso pelo menos uma vez por mês, vamos ver se dá certo, preciso que meus amigos tenham tempo e disposição para escrever um pequeno texto, mas acho que irei conseguir. O trabalho da Flavinha é muito doido, e a ideia básica por trás de tudo é tentar aproveitar ao máximo o que a fotossíntese pode nos dar, usando como modelo as algas. O título aí de cima é ideia dela, e você pode encontrar mais sobre o futuro papel das algas no mundo aqui. Aí embaixo está o texto dela, aproveite, e não deixe de acessar o link inicial, ele leva você ao site do grupo do qual ela participa, lá você encontra todas as informações que precisar para matar sua curiosidade. Brigado Flavinha!
Você acredita que as algas tem mais importância
na sua vida do que as árvores? Pois pode acreditar.
As algas são organismos que podem ser microscópicos ou medir vários metros de
comprimento e são essenciais na
manutencão da nossa vida. Hoje em dia as algas recebem mais atencão da comunidade científica porque sabemos que, além de produzir uma
grande parcela do oxigênio que consumimos, através de estudos científicos que
vem sendo conduzidos em várias partes do mundo, que as algas podem servir no
futuro como uma fonte alternativa de energia renovável. Isso porque algumas
espécies são capazes de produzir
lipídios e hidrogênio que poderiam ser usados como combustíveis alternativos.
Além de serem potenciais protagonistas do futuro da energia alternativa renovável
do planeta, as algas contribuem para a captacão do gás carbônico atmosférico, um dos gases responsáveis pelo que
se conhece como efeito estufa, o que pode resultar em um futuro com ar mais
limpo e menos poluentes gasosos gerados pela queima de combustíveis fósseis e
pelos processos industriais. Elas são também uma excelente
fonte de nutrientes e são consumidas
em abundância em países onde a alimentacão esta mais baseada no consumo de organismos encontrados em
ambientes marinhos, como o Japão. Em um dos
estudos recentes sobre uma alga verde chamada Chlamydomonas reinhardtii,
cientistas brasileiros, alemães e
colombianos buscam entender o comportamento desta alga em condicões de mudança das concentrações de gás carbônico. Estes cientistas tentam entender os efeitos que
estas mudanças provocam neste organismo e conseguiram identificar genes
importantes para a sobrevivência destas algas em ambientes aquáticos e sob
diferentes concentrações de CO2. Esses e
outros estudos abrem caminho para um entendimento mais detalhado dos processos
celulares em algas e nos ensina pouco a pouco sobre os efeitos e as possíveis
consequências das mudanças climáticas e atmosféricas que presenciamos
atualmente.
Flávia Vischi Winck
4 comentários:
Muito legal a idéia! Flavinha, seu trabalho é muito interessante, foi ótimo poder saber mais dele aqui no blog!
Bitão, se quiser mais uma colaboração, é só pedir!
beijos, Biba
Já está pedido Bibinha, manda ver, será um prazer, aliás você já é uma colaboradora aqui do blog, seu nominho tá lá no post dos Ruminantes.
Estou aguardando
Obrigado
Um abraço
Parabéns Flávia! O trabalho é realmente inteligente e promissor, afinal, unir em um tema só as atuais questões de energia e ambientalismo, como a poluição, que agrava o efeito estufa, é simplesmente "matar dois coelhos com apenas uma cajadada".
E ainda por cima, as células de combustível de H2 são 100% não poluentes e o biodiesel é renovável...
Parabéns mesmo! Um trabalho muito verde, e quanto mais pessoas como você, melhor para o mundo!
Um abraço!
PS: professor, ainda hoje termino mais um post, e este é sobre algumas novas descobertas sobre a hidrocefalia em recém-nascidos. E viu, tentei ir conversar com você no último dia do FEC mas não te encontrei! Haha, vou ver se passo amanhã lá no colégio, estou na semana de saco cheio! Abraço!
Ótimo Gustavo, estou no aguardo
Abraço
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